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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Not Only Food can be Fast!

Pois é...

Vou começar a escrever ás Sextas-Feiras, pela razão que os Domingos não têm sido o tal dia de descanso semanal, e como estar cansado não é propriamente o melhor estado para escrever, decidi mudar para as Sextas, mas, este Domingo teremos uma surpresa para os nossos leitores, um amigo nosso irá compor umas palavras para nosso prazer, não percam!

O tema de hoje é Sexo, da perspectiva de um jovem de 18 anos que fica espantado como hoje em dia o sexo é extremamente banal...

Hoje em dia, o sexo é visto com a maior das naturalidades, o que não é mau, pois acabaram-se os preconceitos, e muitos dos medos, o que deu origem a esta nova liberdade, a liberdade de poder ter relações sexuais sem problemas de consciência de maior (se for feito com as devidas precauções obviamente). Podemos assim concluir que de facto a mentalidade da sociedade sobre este assunto mudou bastante.

Mas, na minha opinião, nem tudo são rosas... Com a banalização do sexo, veio também a perca da noção de companheirismo e cumplicidade com o parceiro(a), já não é preciso ter confiança na pessoa para ter relações sexuais, basta conhecer numa noite de festa e pronto, o álcool e as hormonas tratam do resto, continua a ser necessário ambos os lados quererem juntar-se só que já é visto como um simples acto de prazer e nada mais, como quem vê um filme ou assiste a um concerto de música, o sexo passou a ser uma maneira de diversão, ao ponto de quase criar algo nas alíneas do Fast-Food, o Fast-Sex, rápido, cheio de prazer, e de curta duração.

Pessoalmente, não condeno estas novas interpretações, cada um tem o dever de ser responsável, usar as protecções adequadas e ter cuidado no que se mete, mas se me perguntarem, prefiro mil vezes o "amor" do que o simples "sexo".

Pela simples razão que me vejo como um romântico clássico, não acho piada ao simples acto de obter prazer, é egoísta, penso que ao termos uma relação física tão próxima devemos pensar em satisfazer a nossa parceira e não a nós mesmos, isso é que é o amor, a partilha do prazer... E recuando mais um pouco, penso que o mais importante é mesmo o jantar romântico, as palavras os carinhos, como elas chamam "os preliminares", são sem dúvida, muitíssimo mais interessantes do que o acto de multiplicação, sou incapaz de andar a passear nas discotecas feito "pescador" (expressão usada por mim e pelos meus amigos para designar alguém que anda à "pesca" de de outras pessoas apenas com o fim de... dar uma queca... perdoem-me a linguagem...).

Com esta nova mentalidade, também se perderam os antigos costumes do bom cavalheiro, o gentleman, o homem que era simpático e cordial, para dar lugar ao jovem, saco de testosterona, que simplesmente é controlado pelo desejo carnal... Com isto, as mulheres deixaram de confiar tanto nos homens, e sempre que um haja de um modo mais cordial e romântico é logo visto de modo suspeito, afinal, hoje em dia "já não existem cavalheiros!". Pois é, mas nós existimos, e sofremos por ainda acreditarmos em algo chamado de "amor", muitos chamam-nos de estúpidos e que não sabemos viver e apreciar a vida, mas se "apreciar a vida" é simplesmente ceder aos desejos físicos, e alimentar-me de Fast-Sex, então não obrigado! Eu cá fico com o meu romantismo, que torna tudo muito mais belo durante muito mais tempo.

Despeço-me com amizade, e bom fim-de-semana!

1 comentário:

Entidade Divina disse...

Hoje em dia a palavra "amor" é muito prostituida. Qualquer um que começa a namorar diz logo que "ama" a namorada, às vezes até basta só olhar para os atributos físicos e está logo "louco de amor". É uma palavra de quatro letras e duas sílabas quase sem significado.

Tal como disseste, existe uma liberdade tão grande sobre o sexo (mascarado de amor) que chega mesmo a deixar de ser liberdade e passa a ser libertinagem, o que é mau. Acredito que seja pela pomposidade com que os media abordam o assunto, oferecendo sexo (objectivamente e subjectivamente) em todo o tipo de programação incentivando a adopção de comportamentos promíscuos. "Isso é nas telenovelas e nas peças do Shakespear" é a mensagem que tentam transmitir sobre o amor de sacrificio. Há, sem dúvida, a tendência para cada vez mais procurarmos o prazer momentâneo e rejeitar, até mesmo temer, o compromisso que uma relação séria exige. O Freud é que dizia que todos os comportamentos humanos estão, de alguma maneira, ligados à sua actividade sexual (só pensava em sexo o homem...=P).

Afinal qual é a diferença entre ter sexo para meu prazer individual e a masturbação? Muito pouca pelos vistos. Obviamente sou contra o preconceito mas acho que tem de haver contenção. Isto é como o pós-25-de-abril, passou-se dum estado em que não podiam estar juntas mais de 3 pessoas que eram logo "vermelhos" para um estado em que bandos de mulheres histéricas queimam sutiens e há apropriações de terrenos ao estilo do farwest.

Concluo por dizer que acho muito mais gratificante saber que custou coquistar a confiança de alguém mas que podemos contar com essa pessoa nos momentos dificeis e saber que essa pessoa é "nossa" e nós dela do que um namoro de poucas semanas ou uma simples queca como tu próprio dizes.