Verdade seja dita:
Já não consigo escrever!
Cada palavra é reflectida.
Sonho em adormecer...
Eu já perdi o refrão,
Daquela minha canção,
Que eu escrevi em vão...
Mas não desisto!
Sei que sou capaz,
De escrever ainda mais,
Basta querer!
Basta crer em mim...
Eu comecei com um não,
Mas acabo em sim!
A vontade sempre foi muita;
O tempo agora é pouco.
Já me prendi tanto à rotina,
Que deixei de ser louco!
Que deixei de ser louco!
Estou oco, vazio...
Costumava ouvir vozes,
Agora não ouço um pio.
Perdi o fio que me segurava
Entre a fantasia e realidade.
Perdi a minha cara-metade.
Não cozinho mais a verdade!
No entanto... A sede
Tem de ser saciada!
Sem poesia não sou nada!
Só mais um parvo...
Com a vida trocada.
E tudo se resume a um travo deixado
Por uma beata mal fumada...
O fumo vai desaparecendo,
Já começo a ver a estrada...
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