segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Insónias de Outono
Dizem que os opostos se atraem,
Tu me repeliste!
Desenvolvemos um amor tão livre,
Que tu até fugiste.
E foste esconder-te na insegurança,
Foi um amor de criança...
Isso me deixa triste!
Imaginei e imagino um amor cortês,
Tu preferiste cortar os laços...
Não consigo cosê-los outra vez...
Sinto falta dos beijos, dos abraços,
Do sexo, dos amassos!
Mas é provável, que tivesse de ser assim.
Tu eras a minha princesa encantada,
Nunca houve um príncipe em mim!
Se o nosso amor foi só fachada,
Nem sequer teve um fim...
E se assim for:
Eu nunca existi!
Tu eras tudo que eu era,
Por isso eu insisti!
Não deu certo, eu sei.
No fim eu desisti!
Eu agora só quero apagar,
Aquilo que sinto por ti!
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Enquanto o cigarro não apaga
Verdade seja dita:
Já não consigo escrever!
Cada palavra é reflectida.
Sonho em adormecer...
Eu já perdi o refrão,
Daquela minha canção,
Que eu escrevi em vão...
Mas não desisto!
Sei que sou capaz,
De escrever ainda mais,
Basta querer!
Basta crer em mim...
Eu comecei com um não,
Mas acabo em sim!
A vontade sempre foi muita;
O tempo agora é pouco.
Já me prendi tanto à rotina,
Que deixei de ser louco!
Que deixei de ser louco!
Estou oco, vazio...
Costumava ouvir vozes,
Agora não ouço um pio.
Perdi o fio que me segurava
Entre a fantasia e realidade.
Perdi a minha cara-metade.
Não cozinho mais a verdade!
No entanto... A sede
Tem de ser saciada!
Sem poesia não sou nada!
Só mais um parvo...
Com a vida trocada.
E tudo se resume a um travo deixado
Por uma beata mal fumada...
O fumo vai desaparecendo,
Já começo a ver a estrada...
terça-feira, 10 de julho de 2012
E é só quando encontramos Luz nas Trevas que entendemos o Paraíso
Não entendo...
O que houve entre nós não valeu de nada.
Eu fiz tudo por ti;
Preferiste ficar parada,
Estagnada, embasbacada;
Vendo o nosso amor ir embora,
Mas se calhar chegou a hora.
Tu nem perdeste a demora...
Por: Alberto Andrade
segunda-feira, 9 de julho de 2012
Sem título
Estou parado, fixado;
Pensando sem pensar,
Escrevendo sem olhar,
Vivendo sem respirar.
Estou cansado, estafado.
Tudo me diz nada.
Eu sou tão nada;
Tudo e tão tudo.
Comida e roupa lavada;
Estou faminto e imundo.
A vontade de escrever é pouca...
A vontade de gritar é tanta,
Que até já perdi-a toda!
Ai teimosia santa!
Teimo em enganar a louca.
A vida é louca - vida louca;
Vira louca, fica pouca...
Enfim...
Por: Alberto Andrade
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