Autores

terça-feira, 24 de agosto de 2010

História de Amor II - Rumo à Primavera

3 de Abril – Sábado

Logo ao raiar do Sol o galo, cacarejando, acordou todos os animais e pessoas que viviam na Quinta, que, com menos dificuldade que o habitual em dias de Inverno, levantaram-se sabendo de antemão que os esperava um ensolarado dia de Primavera.

Cláudia foi a primeira a levantar-se, vestiu-se e foi para fora de casa inspirar o ar puro, até que um rapaz alto, moreno e bem parecido surgiu de dentro de casa, foi ter com ela e disse:
- O pequeno-almoço já está pronto. Vens?
- Oh João, nem paraste para olhar à tua volta. Vê como é bela a Primavera. - Ripostou Cláudia.
- Realmente tens razão, mas estou esfomeado. Vamos! - Disse João enquanto olhava à sua volta.
- Ok, ok! - Acalmou-o Cláudia.

Já dentro de casa, enquanto pequeno-almoçavam, João perguntou:
- Depois de comermos queres dar um passeio?
- Pode ser... Onde? - Perguntou Cláudia.
- Não sei. Passear... - Tentou esclarecer João.
- Ai... Tá bem, vá. - Concordou Cláudia enquanto revirava os olhos.
- As conversas da juventude... - Disse, aparte, Carolina, a avó de João: uma mulher baixa, de cabelos grisalhos, pelos seus sessenta e dois anos, mas com a energia de uma mulher de trinta anos, devido ao trabalho diário na Quinta.

Depois do pequeno-almoço, João e Cláudia fizeram como haviam combinado e foram dar um passeio para lá da Quinta, até um sitio onde parecia haver ninguém.
João encontrou um local para os dois se sentarem e lá ficaram a conversar, com o pouco que lhes ia ocorrendo e à medida que a conversa ia decorrendo, João ia aproximando-se de Cláudia e tentava pôr o seu braço à volta dela. Cláudia nada dizia... Até que João, subitamente, tentou beija-la.
- João! Já falámos sobre isso... - Disse ela enquanto o afastava.
- Mas eu amo-te, tu sabes disso. - Disse ele ao levantar-se.
- Amas... Só nos conhecemos a um mês e tu sabes que o meu passado não foi lá muito alegre com rapazes. - Lembrou Cláudia.
- Pois... Vamos embora. - Ripostou João de cabeça baixa.
- É... – Concordou Cláudia enquanto se levantava.

5 de Abril – Segunda-feira

Era de tarde e o Sol parecia decidido a não aparecer naquele dia.
Cláudia estava a tratar da horta, como havia pedido a avó Carolina e enquanto o fazia, sem querer fazê-lo, lembrava-se de como fora a morte de Alberto, no entanto, sem verter nenhuma lágrima, como se já não o amasse. Pudera... Já havia chorado tudo.

- Cláudia! – Gritou João, andando na direcção dela.
- O que se passa? – Perguntou Cláudia.
- Passou por aqui uma pessoa a perguntar por ti... – Disse João, já perto dela.
- E o que lhe disseste...? – Voltou a perguntar Cláudia.
- O que tu tinhas dito para eu dizer numa situação destas... Que nem conhecia nenhuma Cláudia e que aqui na Quinta nem há raparigas jovens. – Informou João.
- Ok, obrigado... – Disse ela, pensativa e numa atitude que mostrava ainda estar chateada com ele.
- A avó disse para te dizer que quando acabares, é para ires lanchar. – Disse João.
- 'Tá bem. – Confirmou Cláudia, ainda pensativa, mas sem deixar que curiosidade a dominasse por completo.

Enquanto lanchava, Cláudia não dizia nada, só pensava que algo estaria para acontecer, o seu passado voltaria para atormenta-la, de certeza!
- Porque é que 'tás assim miúda? – Perguntou João.
- Deixa a gaiata em paz meu filho... – Carolina virou-se depois para Cláudia - Não estejas assim tristonha minha filha, é Primavera! Alegria!


Por: Alberto A.
Revisão: Ricardo R.
Música-inspiração: Ornatos Violeta - Capitão Romance

1 comentário:

Claudia disse...

amor agora puseste um joao atras de mim? :c
Quero saber o resto da historia oh!