Olhares que me cegam a alma,
Que encarceram o meu ser.
Afiguram-se a correntes:
Frias, longas e pesadas...
Que envolvem todo o meu corpo!
E em todo o meu corpo sinto o frio,
O frio da solidão
Solidão que me enche a alma
Com medo...
Medo de ser abandonado
Sem nunca ter sido de ninguém.
Mesmo estando cego
Vejo o reflexo da minha alma
E nesse reflexo, lágrimas de sangue
Que escorrem por todo o meu corpo.
Lágrimas que ilustram o meu sofrimento
Como rios que se cruzam.
E que serpenteiam,
Guiados pelo destino.
Rios esses não de água, mas de sangue
Fruto do sofrimento.
Sofrimento que me suga a vida,
Fazendo-me pender entre a vida e a morte,
Onde me cruzo com a eternidade,
Outrora inalcançável...
Perdido entre a vida e a morte,
Mais uma vez abandonado
Pela chama da minha vida!
Que se apagou com a tua partida,
Com o extinguir da tua no teu olhar.
Por:
Alberto Andrade
e Ricardo Relvas
1 comentário:
O vosso blog ta bue fixe .
continuem : P *
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