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sexta-feira, 24 de abril de 2009

Olhares

Olhares que me cegam a alma,
Que encarceram o meu ser.
Afiguram-se a correntes:
Frias, longas e pesadas...
Que envolvem todo o meu corpo!

E em todo o meu corpo sinto o frio,
O frio da solidão
Solidão que me enche a alma
Com medo...
Medo de ser abandonado
Sem nunca ter sido de ninguém.

Mesmo estando cego
Vejo o reflexo da minha alma
E nesse reflexo, lágrimas de sangue
Que escorrem por todo o meu corpo.

Lágrimas que ilustram o meu sofrimento
Como rios que se cruzam.
E que serpenteiam,
Guiados pelo destino.
Rios esses não de água, mas de sangue
Fruto do sofrimento.

Sofrimento que me suga a vida,
Fazendo-me pender entre a vida e a morte,
Onde me cruzo com a eternidade,
Outrora inalcançável...

Perdido entre a vida e a morte,
Mais uma vez abandonado
Pela chama da minha vida!
Que se apagou com a tua partida,
Com o extinguir da tua no teu olhar.


Por:
Alberto Andrade
e Ricardo Relvas

1 comentário:

Denise @ disse...

O vosso blog ta bue fixe .
continuem : P *