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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Poemas antigos III

O Que Sempre Quis

Eu sempre quis muita coisa,
Muitas delas surreais.
Podem chamar-me sonhador,
Mas são muito especiais.

Sempre quis ter asas para voar!
Ser feiticeiro para fazer magia
Como aqueles da televisão,
Aquelas histórias de fantasia!

Sempre quis ser um vilão,
A encarnação do mal
Ou o diabo ou algo do género!
Sempre quis o dominio universal!

Queria obediência cega!
Dominar todas as artes marciais!
Inventar a minha propria roupa,
Os meus trages reais!

Mas como isso tudo é pedir muito,
Eu apenas quero todos os doces do universo
E que eles nunca acabem!
Isso é tudo que eu peço!

Sempre quis ser super giro e musculado
E fazer filmes em Hollywood!
Queria ir de férias para os Estados Unidos,
Só para comer muita fastfood!

Sempre quis ser um cantor famoso,
E que também soubesse dançar,
Ser muito desejado pelas mulheres,
E estar sempre a arrasar!

Mas estanto mais perto do mais provável,
Sempre quis ser um grande atleta:
Estar sempre na frente,
Na partida e na meta!

Já agora gostaria de saber
Fazer todos os desportos!
Sempre quis ter todos os carros,
Barco, aviões e motos!

Sempre quis ser presidente
E mudar o que eu acho que está mal!
Iam todos viver nas mesmas condições;
Seria um pouco ditatorial...

Sempre quis ser sobredotado
E já ter acabado a escola!
E por mais que fosse inteligente,
Fosse jogador da bola!
E só quando acabar a carreira,
Ser dono de uma escola do 1º ao 12º ano,
Em que também acolhessem as crianças:
Seja preto ou cigano!

Sempre quis ter 1.80 metros
E 80 quilos!
Não casar mas morar com uma mulher
E ter com ela 1 ou 2 filhos!

Mas há uma coisa que se eu tivesse,
Eu não quereria mais nada:
Uma rapariga linda,
Que quisesse ser minha namorada!


Um Novo Ser

Tinha uma fúria por viver,
um ódio por não amar,
estava prestes a enlouquecer,
sem força para me soltar.

Vivia preso por correntes
onde não estou agora,
já consigo chorar…
quando a minha alma também chora.

Não sei se isto é certo,
aprovável ou ruim,
só sei que a partir de agora
decidi ser assim.

Estou farto de me esconder,
deixei cair o véu,
sei que posso ser superior,
sei que consigo chegar ao céu!

Mas se não fosse este ser…
frio e sem vontade de viver,
eu não teria de renascer
calmo, inteligente e com vontade de aprender.
Salvou-se uma alma delinquente
de aprender a ser diferente,
sendo igual a toda a gente
mesmo que fosse só aparente.



Por: Alberto Andrade

Poemas antigos II

Amor Eterno

Não consigo controlar
este amor, esta paixão
mesmo quando estamos chateados
e eu invadido pela solidão,
saiu à rua e a chuva
escreve o teu nome no chão
e por baixo bem grande escrito:
amar-te-ei até à imensidão!


Emoção em 11 versos de Frustração

Destino desgraçado!
Sinto-me em perigo e desarmado!
Perspectivo o futuro,
Mas estou preso ao passado!
Pois o presente fez-me um furo
E deixou o meu coração despedaçado!
Estou encurralado, corrompido, mutilado!
Sinto o meu corpo a ser desfeito,
Bocado a bocado...
Mas sei que este é o meu legado:
- Viver sem ser amado!


Eu e o Mundo

Eu sou, tu és,
Nós Somos:
Tudo! O Universo...
Tudo! Sem excesso...
Amor, é o que eu peço.
Vivo a vida, vivo e sou,
A vida e um Mundo
Criado por todos nós.
Ouço e sinto a nossa voz.
Somos tudo por existir,
Sem isso não havia nada...
Enfim Somos tudo!
Tudo, tudo!



Por: Alberto Andrade

Poemas antigos I

A Poesia

Eu amo a poesia,
Sou o poeta escravo dela!
Faço-a por amor a arte,
Como um pintor pinta uma tela.

A poesia me distrai,
Abrestrai-me de coisas más,
Neste Mundo onde Diabo e o outro nome
Do unico Deus que é Satanás!

Poesia significa a voz
Emitida pela minha alma...
Mas não é um desamparo,
É apenas algo que me acalma!

Algo que me faz ver
Que valho mais do que penso!
Não serve para sarar feridas,
É apenas um penso...

Ser poeta não é fazer poesia
Literariamente bem escrita:
É fazer algo interessante
Com sentimentos, que suscita
É tornar algo muito mau,
Em uma coisa mais bonita.

Poesia é a fonte,
Para quem de água anseia.
Poesia é sempre poesia,
Seja bonita ou seja feia!


O Homem Assustador

Ontem quando sai a rua,
Apanhei um susto para nunca mais.
Não acreditava, mas já acredito
Em coisas surreais.

Era um homem assustador,
Com cara de chimpanzé,
Tinha o olho nos joelhos
E a boca era o pé.
Usava umas meias nos ouvidos
E do nariz deitava chulé.

Para piorar a situação,
Faltava-lhe uma mão.
Tinha a barriga tão grande,
Que estava sempre a cair no chão.

A cabeça era tão grande,
Que a sua volta girava a lua.
Quando ele passou na minha zona,
Tiveram de evacuar a rua.


Por: Alberto Andrade